O amor é comportamento. Essa é uma verdade absoluta – dita, comprovada, mas, lamentavelmente, pouco disseminada na cabeça das pessoas. O amor é humildade, paciência, lisura, compromisso, respeito, perdão e muitas outras qualidades morais que ocupariam, por completo, esta página. A questão, no entanto, é mais complexa. A vida pede atitude, e um sentimento sem ação e atitude adequadas não vale nada! O amor nasceu para ser praticado e conjugado na nossa rotina e nas nossas escolhas.
Eu diria, sem excessos, que o amor é a parte teórica e abstrata, e o comportamento é a parte prática, porém intrigante, dos relacionamentos amorosos. A maneira como agimos diante de determinadas situações e de certas pessoas é que molda a qualidade do amor, porque as nossas ações e os nossos comportamentos sempre se impõem às nossas palavras, ou como, cirurgicamente, resumira o poeta: “As palavras? Essas, o vento as leva”.
O amor não nasce acabado e com um laço vermelho na embalagem. Ele, na verdade, é construído de pedra em pedra, lentamente, muitas vezes com doses desgostosas de suor, lágrimas e até sangue, mas se lembre de uma coisa: nós somos os guias do nosso destino, mais ninguém! As pedras que usamos para edificar nossos relacionamentos são as mesmas que nos revelam um palácio indelével ou um castelo de areia o qual, na primeira ventania, se desmancha. Os comportamentos dizem tudo! (CE)
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Ágape é uma das palavras gregas para o amor. Trata-se, entre outros conceitos, do amor incondicional. O que é dado sem exigir nada em troca. Sim, aquele mesmo que vemos em contos de fadas e romances e que achamos impossível que ocorra em nossas vidas. Tolinhos, mal sabem que só dependem de vocês ou melhor, dos seus comportamentos, a realização deste desejo.
O amor é um comportamento, não um sentimento. Dizem por aí que não podemos controlar o que sentimos, mas podemos controlar como nos comportamos em relação ao outro. Embora discorde da primeira sentença, por achar que o autocontrole pode ser exercido, concordo com a manifestação pelo comportamento. Como você se comporta em relação ao outro, como o escuta, como o entende, como procura pelo menos entendê-lo, como o recebe, como doa seu amor a ele, como o acalenta, definem como seu amor será em relação a ele, e por consequência conceituam também o amor recíproco.
Se têm dúvidas em relação a esta afirmação, pensem em um casal apaixonado. No inicio a paixão parece ser o único alimento necessário para a sobrevivência. Como defeitos não são vistos e tudo é positivo, a miopia amorosa é algo comum. Não há, portanto, a necessidade de construir um comportamento que vá além dos beijos, declarações e abraços.
Com o término deste sentimento, o que resta se não souberam ou não souberem dar bases e se comportar de forma educada, equilibrada, compreensiva sobre problemas com o outro? Por mais apaixonados que estejam não terão forças para suportar a falta do que julgavam o tempero de suas vidas. Vai a paixão, fica o término. Dica? Comportem-se. Cuidem-se. Entrem do perigoso mundo da paixão com munição de comportamento, antes que saiam dela com uma mão no peito e outra na testa. (MP)
Um comentário:
Reciprocidade de bons sentimentos....são tantas coisas que mantem um casal juntos, que fica difícil escrever tudo aqui.
Bjos,sempre bom ler vcs!!
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