19 de maio de 2010

Pausa para o café

Me Adora

Pitty


Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei:
“Só não desonre o meu nome”

Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome

Não importa se eu não sou o que você quer
Não é minha culpa a sua projeção
Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

10 de maio de 2010

Solteiras sim, o que você tem com isso?


As opções que deságuam em felicidade são sempre válidas, inclusive a “solteirice”, principalmente se as vantagens não forem numerosas e convincentes. O relacionamento amoroso, há muito, deixou de ser uma obrigação e uma perseguição incessante: é uma opção nos tempos modernos – para muitos, a segunda, a terceira ou a enésima opção, consideravelmente atrás de outras atividades. E lhes cito algumas como exemplo: igreja, estudos, reuniões de família, trabalho e tantas outras.

O tempo é precioso e namoro por namoro não convém, ou melhor, como dissera Nietzsche, “não ouse roubar a minha solidão, se não fores capaz de me fazer real companhia”. Resumiu tudo. O meu texto poderia terminar nesse ponto sem maiores comentários. Eu, por exemplo, partilho da idéia de estar sozinho se não houver ninguém que desperte meu interesse e faça minha vida valer à pena, meu coração pulsar acelerado ou roubar de mim suspiros intensos.

E lhes digo mais, caros leitores: sou ativo, independente e livre para aproveitar a vida, viajar, sair com amigos e curtir as vantagens de uma vida “solitária”. O relacionamento a dois não é prioridade na minha vida, por isso, não estou do lado dos resignados ou desiludidos com as armadilhas do coração. A vida continua ecoando seu canto de sereia nos meus ouvidos, e um mundo lá fora chama a minha presença. Até a próxima! (CE)


**


Vivi algum tempo na Europa e durante meus meses como pesquisadora de outra cultura pude perceber a diferença que há entre mulheres solteiras no Brasil e por lá. Em comum, apenas o fato de estarem sozinhas, embora nem sempre solitárias, mas a igualdade para por aí. Muitas europeias não aparentam estarem sozinhas apenas porque não acharam alguém, como muitas que vejo por aqui (embora batam no peito dizendo ser opção). Elas se sentem bem com a própria companhia, não se importando com olhares estranhos ou apontar de dedos. Epa, será por que os olhares estranhos e os dedos em riste foram todos parar aqui?

Tenho amigas que se sentem bem sozinhas e acho que estas realmente falam a verdade. Tenho outras, no entanto, que estão sós por falta de opção, apenas porque nenhum homem as convenceu a trocar de status. E cá entre nós, ambas se sentem um pouco incomodadas por estarem sozinhas em restaurantes, festas, reuniões de amigos e casamentos. Aposto que a resposta está nos temerosos olhares de reprovação que a elas a sociedade ainda impõe. Sabe aqueles que deveriam ser adultos em maturidade e não apenas em idade? Pois bem, não aprenderam ainda que uma mulher possa estar solteira e feliz e apontam o dedo como uma propensa solitária. Quem disse?

Nos meus tempos de solteira sempre curti minha companhia. Nos dias em que ficava chateada comigo mesma, procurava um colo ou abraço de amigos e família, às vezes um pote de sorvete. Mas deixar de sair, curtir ser feliz por não ter um homem ao meu lado? Jamais! Abaixo a ditadura de que só com um homem a tiracolo nos sentiremos plenas. Aliás, cabe a ressalva que vejo muitas mulheres acompanhadas que invejam a solteirice de amigas.

Prisão de julgamentos comigo não, violão! Curtamos todas as fases que nos vêm à tona. Estar solteira pode ser muito melhor do que você imagina e, acredite, pode revelar uma mulher que vive escondida dentro de você, doida para viver, sozinha, mas feliz, por que não? Vive la France! (MP)

5 de maio de 2010

Pausa para o café

Já plantou bananeiras por alguém??

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