23 de agosto de 2010

Pecados Capitais: Vaidade

 
Cuide do seu jardim...o resto da frase está todo mundo careca de saber, mas, por mais que seja uma ideia muito repetida, é verdadeira e como! Se seu jardim anda cheio de matos, insetos, pedras e fiapos, que borboleta vai se aproximar, meu caro? Mais fácil será atrair lagartixas, sapos e cobras. Se é do seu gosto...

Cuidar-se é atitude básica e não digo pensando no seu par ou no desejo de atrai-lo, mas no fato de que é preciso cuidar-se para um viver bem consigo mesmo. Andar penteado, com roupas limpas, cheiroso não é luxo, muito menos faz de você um metrossexual. Não sei minhas caras colegas, mas eu não gosto de homens que excedem, nem para mais e nem para menos. Assim como desleixo é um não gigante saindo de minha boca, o excesso de vaidade faz do homem um ser distante nas minhas relações.

Cuide-se, mas não compita com as mulheres, por gentileza. Nada de sobrancelhas feitas, brilho nos lábios ou roupas extravagantes demais. Queremos homens e não meias verdades.
Nem brucutus, muito menos Bonecos Ken!Assim como nos cuidamos em academias, mas de olho em não ficarmos masculinizadas, equilibrem antes que façamos confusões tão grandes por não sabermos mais quem é o quê.



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A vaidade nunca esteve tão em alta, mas não por causa das mulheres, pois essa é uma característica quase natural delas. Vocês, leitoras, nascem com o gene da vaidade, não é mesmo? E qual homem não gosta de uma mulher bonita, elegante e, inclusive, provocante? É um deleite. E quanto a nós homens? A novidade agora somos nós, porque estamos saindo, inevitavelmente, dos armários e entrando numa seara que, historicamente, era marcada pelas saias, saltos altos e batons. O pior é que estamos gostando.

Eu não me incluo, porém, na turma daqueles que entraram de corpo e de alma nessa ideia (ainda!) – logicamente, isso não quer dizer que faço o tipo “homem das cavernas”. Longe disso. A minha vaidade é bastante discreta, mas sempre presente, é claro. Eu aproveito e faço piada com isso: digo que homem metrossexual é um homem que está a meio metro de virar a casaca, mudar de lado, de transviar-se. Vale lembrar: é brincadeira. E sei que vocês mulheres adoram homens vaidosos.

A vaidade, na medida certa, também é bem-vinda, aliás, é até recomendada, pois sepulta preconceitos e cria a imagem de um novo homem mais sensível, mais cuidadoso e mais atento. Mulheres, cuida-vos, estamos chegando! Nós estamos gastando, mais e mais, com creminhos, academias, shoppings, limpezas de pele e cirurgias estéticas para ficar saudáveis e bonitões – ou, como pronunciava um comercial, estamos revendo nossos conceitos. O desleixo é coisa do passado.

8 de agosto de 2010

Estúpido cupido

Aline, Fernanda, Luciana, Ana Paula, Fátima, Suzana e muitas outras. A violência contra a mulher não seleciona nome, idade, religião, classe social ou localidade, pois é uma peste que se perpetuou no caminhar dos séculos e, ainda hoje, insiste em colocar as “manguinhas de fora” pra cravar uma desigualdade de poderes entre homens e mulheres. É um comportamento antiquado, ultrapassado e démodé –concordam? A violência nunca fará par com o amor, pois são antagônicos e repelem-se.

Há, também, a violência silenciosa, sorrateira e que não mostra a “cara” ou será que infidelidade e mentiras, por exemplo, também não são um tipo de violência? Elas são, sim – e encaixam-se no conceito de violência psicológica. E vou além, caro leitor: elas marcam muito mais do que socos, bofetões e pontapés, pois nos machucam na alma, ou seja, naquilo que temos de mais íntimo – e, nesse caso, não importa o gênero, homem ou mulher. Um xingamento pode ter o mesmo poder destruidor que uma pedrada ou uma flecha envenenada.

A violência, portanto, tem diversos lados, jeitos e trejeitos, mas nenhum deles é bem- vindo ao relacionamento, pois, definitivamente, isso não é sinal de amor – é uma doença social, em especial, quando imiscuída ao álcool, às drogas ou aos ciúmes. A violência combina com os primórdios da humanidade, mas não com o tempo atual, já que homens e mulheres são iguais em muita coisa. Uma pessoa que ama seu parceiro (a) não agride sua amada – nem mesmo com uma rosa!



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Covarde com necessidade de julgar-se menos irrelevante ao mundo com um ato de brutalidade e idiotice. Ah, achou muito forte? Magoei o menininho da mamãe? Pois o que diria dos bofetões, tapas, murros e pressões psicológicas, sexuais e morais que uma mulher sofre dentro de seu lar, nas ruas ou em ambientes de trabalho sucessivas vezes ao longo de sua vida?

Estúpidos homens que acreditam que por terem mais força física são mais aptos a terem poder em cima de alguém. Confundem poder com força e somam-se a outros tantos tolos que acham que podem subjugar uma mulher e se sentirem maiores por isso. Pequenos de tamanho, minúsculos em cérebro e ausentes de completo caráter e nem vou citar outros tamanhos, pois o que denota é um complexo de inferioridade que a prisão pode muito bem explicar.

Levante a mão para uma mulher e terá um dia a menos de honra, respeito e inteligência em sua vida. Seja ignorante o suficiente para cometer essa violência e se iguale àqueles que hoje têm como única mulher uma vaga imagem de tempos fora do xadrez.

Esmurrem paredes, quebrem suas mãos, sofram com a dor e se nada disso for suficiente para impedi-lo de cometer o desatino de pressionar uma mulher física ou psicologicamente, isole-se do mundo, você não será uma falta para ele.