Casamento nos dias em que vivemos soa por vezes como um p-a-l-a-v-r-ã-o. Pergunto aos caras da minha idade se querem casar e a resposta é instantânea: querer todo homem quer, só falta às mulheres concordarem!
Entendo que o casamento é uma luta entre dois desconhecidos que não se conhecem. A minha geração não quer casar porque acha o mundo algo instantâneo, que precisa da liberdade a sós para sentir-se livres.
Outro dia conversando com um amigo de boteco, ele dizia: eu até queria casar, mas têm muita opção que eu fico com medo de ter de trocar de mulher! Casar é uma arte que deve ser bem encenada pelos atores principais nesse grande espetáculo que é a vida. Casamento é uma forma de unir dois seres para conjugação de interesses, crescimento pessoal e principalmente para que vivam a sua vida e busquem na unidade do matrimônio saídas para consolidarem uma união de paz e felicidades. (RT)
Tinha uma certeza na vida quando encontrei meu atual namorado pela primeira vez: não queria casar. Achava que era limitador à minha condição como indivíduo. Sete anos depois já estamos planejando nosso casamento para setembro. O que mudou? Conheci-me melhor diante do outro, por mais piegas que isso possa soar.
Por isso digo, não é o casamento que muda, mas nossa concepção diante dele. Sou partidária do conceito que nos conhecemos melhor na convivência, na relação com outros. Afinal, o que vive isolado ou bate no peito ser solteiro convicto pode muito bem estar escondido atrás do medo de se conhecer de verdade na vivência com o outro.
Me conheci, me descobri, me amei e amei ainda mais a ideia de sim, passar a vida ao lado de alguém que me fez crescer, me fez melhor e quem sou hoje. Casar é para os fortes, os que não temem, os que apostam. Melhor tentar a limitar-se pelo medo. (MP)