28 de fevereiro de 2010

Paciência tem limite!

A minha paciência, apesar de enorme, tem suas medidas muito claras: não aceito mentiras, não aceito trapaças e não aceito, muito menos, traições. A regra é clara para aquelas que queiram ocupar a minha vida e o meu tempo. O meu dedo hoje para selecionar mulheres está mais seletivo, porque já perdi meu tempo, lamentavelmente, com pessoas que não valeram o meu “suor”. O desastre ensina muito, visto que as pessoas aprendem na dor e não na felicidade (percebi isso!).

O amor prospera, certeiramente, na paciência, já que relacionamentos são feitos, também, de momentos árduos e situações delicadas que nos testam e nos pedem respostas imediatas, comportamentos justos e muita racionalidade. O relacionamento é uma prática incessante da paciência, pois ninguém é igual a ninguém (e jamais será), mas, acredito eu, que os ruídos no amor são coisas normais. A solução para isso está na maneira como reagimos a essas situações.

A vida a dois nos mostra que a excelência no campo amoroso é feita de ingredientes como respeito e companheirismo, além, é claro, daquela dose de perseverança – acreditar e insistir é essencial para o sucesso no amor. A minha paciência é grande e elástica como disse, embora não seja indestrutível, mas posso lhe revelar um segredo, prezado leitor: o meu dedo permanece continente e sem medo para os assuntos do amor, pois a minha paciência revela o meu caráter. É isso. E viva a vida! (CE)

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Não tenho paciência, nunca tive e nem sei se um dia terei. Poderia dizer que sim, sou a paciência em pessoa, para ter um texto poético e bonito, mas optei por abrir com a sinceridade de quem não se orgulha, mas se assume uma impaciente.

Tenho impaciência no trânsito, ele me irrita profundamente e as tartaruguinhas gentis que o fazem, mais ainda. Tenho impaciência com a dor, ela me faz perder tempo e a perda desse também me deixa impaciente. Tenho impaciência com gente rude, esnobe, irresponsável e interesseira, esses me testam como poucos. Tenho impaciência com o desamor, se não sabe amar ou não se dispõe, dê licença. Tenho impaciência com frases lentas, incompletas, filmes repetidos, não achar a ponta da fita adesiva, falta de objetividade, conversas improdutivas e gente muito menos improdutiva do que as conversas que praticam.

Como veem sim, sou impaciente, mas como disse não me orgulho. Creio que a paciência seja um exercício importante, até essencial, mas que fique claro que não quero ser testada. Uma pedra no meio do caminho pode me irritar, um poste idem, mas convenhamos que a eles ainda desculpamos, pois não agem por si mesmos, mas o que dizer das pessoas que provocam atritos desnecessários, inutilidade, falta de agilidade, deixando-nos em dúvida sobre se são pacientes ou tolos. Paciência sim, mas até um limite do respeito, passando daí, meu caro, serão meras desculpas esfarrapadas para as quais...não tenho paciência. MP)

14 de fevereiro de 2010

Pierrot

Pierrot

Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo

O pierrot apaixonado chora pelo amor da colombina
E a sua sina chorar a ilusão em vão, em vão

E a colombina só quer um amor
Que não encontra num braço qualquer
Essa menina não quer mais saber de mal-me-quer
Só do pierrot, pierrot
Pierrot, pierrot, pierrot, pierrot... (3×)

O pierrot apaixonado chora pelo amor da colombina
E na esquina se mata a beber pra esquecer, pra esquecer

E o pierrot só queria amar
E dar um basta a esta dor já sem fim
Mas colombina trocou seu amor por arlequim
E o pierrot, chora!
E o pierrot, chora!
E o pierrot, chora!
Pierrot...

7 de fevereiro de 2010

Zero a zero

Sempre encarei o esporte como um traço paralelo com os relacionamentos. Devem ser praticados em equipe (os coletivo, claro) apoiando-se um jogador no outro para que o jogo seja um sucesso. Além disso, creio que esportes presumem ao fim uma vitória maior, além dos troféus e medalhas, a superação de um desafio ou de um adversário que teima em invadir o campo contrário.

Na hora de decidir o que praticar, na hora de passar a bola, de dar o saque, driblar ou bater recordes, é essencial que haja interação, objetivos comuns e muita parceria, do contrário tudo pode desandar ou finalizar num morno 0 a 0. Em um namoro tudo pede parceria. Se seu zagueiro não está disposto a sair do comodismo de seu time perdedor, é bom rever seu foco de jogo, pois a qualquer instante alguém será fatalmente expulso de campo.

Se você levou um cartão amarelo, fique atento. Corra o campo todo se for preciso atrás do prejuízo, pois a qualquer hora a expulsão será não apenas sua jogada para fora de campo, mas para um time de segunda, terceira divisão.

Bolas, tacos, quimonos, piscina, redes, seja qual for sua escolha, lembre-se que de nada adianta saber o que fazer se o outro não cooperar para uma vitória. Mais valerá estar no esporte certo, com um atacante perfeito e compreensivo do que no banco ou chuveiro curtindo a dor de uma derrota de goleada.(MP)


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O esporte é saúde – eis uma verdade contra a qual não se pode lutar. É uma verdade imutável e ponto final. E, nesse quesito, aqueles casais que têm gostos semelhantes conseguem os melhores resultados. O problema é quando os gostos são antagônicos e caminham na direção contrária, qual seria a solução? Eu não sei, mas, se não for uma casal de atletas olímpicos, pequenas atividades podem ser grandes programas – sem dúvida!

Uma simples caminhada, ou pedalada de bicicleta, ou dança de salão, ou mesmo academia pode ser mais uma chance de interação, de conversas, de acabar com picuinhas, isto é, de deixar o relacionamento mais, vamos dizer, “esbelto”. A vida a dois, ao contrário das competições esportivas, não admite a competitividade, mas permite outros valores essenciais para o sucesso na vida como: superação, respeito, coragem e dedicação, inclusive quando os interesses são opostos.

O jogo do amor é um esporte no qual é impossível separar vencedores e vencidos ou ganhadores e derrotados, pois ganha-se ou perde-se inevitavelmente em dupla. E acrescentando: é um esporte para ser disputado em dupla – não é, e nunca será, uma modalidade individualista, pois, na regra do amor, jamais será permitido estratégias mirabolantes ou mesmo trapaças. A sintonia conjugal, portanto, é indispensável para se conquistar os louros de qualquer relacionamento.(CE)

1 de fevereiro de 2010