6 de outubro de 2011

Quando é hora de amar?





Quando o suspiro superar a palavra. Quando o coração bater mais forte do que o som ao redor. Quando as pernas bambearem mais do que em dia de prova escolar. Quando nada mais é motivo de concentração do que as lembranças do tempo juntos. Quando as mãos suarem mais do que dia de academia, saberá que chegou a hora do amor.

Ela vem sem pedir, sem julgar, sem pestanejar e cheia de sentimento. Como a utilizaremos é problema - ou solução - nossa, mas que ela estará ali disponível para nosso bel prazer não há dúvidas.

Como diria minha avó, use as melhores roupas sempre, nunca saberá que hora encontrará o amor da sua vida. Vou além. Vista-se internamente com os melhores sentimentos e auto estima possíveis. Nunca saberá quando será a hora de abrir-se. 


Então, nada melhor que preparar um embrulho cheio de segurança, amor e perfume para quem lhe encontrar. Se não der certo a relação pelo menos estará com perfume nas mãos, segura de si e pronta para outro.



26 de agosto de 2011

Pra dizer adeus, pra dizer jamais.

O adeus é mais sofrido quando ficamos do que quando partimos. Não, não dói da mesma forma para os dois lados. Quem vai leva a saudade, mas a esperança de preenchê-la com descobertas e experiências novas e, quem sabe, novas pessoas. Quem fica assume não apenas a dor do adeus, mas a rotina de sempre, agora sem aquele que foi. O sofá é tão grande, o sorriso tão comedido agora, a música antes linda agora é uma melodia triste e solitária.

Mas, mesmo em intensidades supostamente diferentes, o adeus é uma dor de amor que não se cura jamais. Mesmo que o outro volte, mesmo que você mude ou o outro se mude completamente, mesmo que os anos passem e vocês retomem a vida como estava, aquele buraco no peito, lá atrás, vai continuar aberto. Simplesmente porque o sentimento não é curado. Ele é domado, melhorado, piorado, mas jamais superado de todo.

Pra dizer adeus, pra dizer jamais é preciso pulso firme e olhar fixo para o futuro. Pena que não nos orientaram a avisar isso para o coração que teima em correr do lado contrário da razão.(MP)


Caminhando pelo calçadão da orla sentei-me tranquilão para refazer-me da caminha diária e pedi um coco. Sentou ao meu lado uma loira que logo fiquei sabendo ser gaúcha e colorada (Interligente!). Começamos a conversar e ela disse que estava na cidade para estudar, com possibilidades de estabelecer-se. Conversa vai, conversa vem, trocamos telefones e combinamos de sair à noite. Ao chegar deparo-me com um furacão chamado Milena.

Durante o jantar trocamos olhares, confidências e fomos ficando cada vez mais apaixonados. Era inevitável. Começamos a nos falar diariamente e, acreditem, até carta escrevi. O clima foi de tórrida paixão, meus amigos, porque se relacionar é doar a alma mesmo. Passados seis meses de namoro, ela recebe a triste notícia de que irá ter de retorna a sua cidade para resolver problemas familiares. Aquilo me abateu de frente.

A data de sua partida seria dali uns 20 dias e a partir dali eu resolvemos que íamos viver intensamente enquanto durasse.Viajamos, vimos o pôr do sol, o nascer, a lua cheia, até que o dia fatídico chegou. Muito choro, despedidas (sou fraco mesmo nisso e prefiro ir embora sem despedir-me muito), mas era a hora. Depois daquele adeus mantenho comigo a saudade e a certeza de que viver cada momento a dois é descobrir que o amor é feito de cada momento, de descobertas, erros e acertos, até o dia do adeus. (RT)

18 de agosto de 2011

E agora José?

Eriberto, amigo de longas datas, dizia que estava em uma festa. Quando foi pegar mais uma dose de caipirinha, deparou-se com uma morena muito charmosa. Logo foi cortejando e dando suas investidas Don Juanesncas.A moça fez charme e o cabra não se fez de rogado. Em um local onde quase ninguém aparecia resolveram dar início aos amassos com beijos ardentes,mordidas,puxada de cabelo,cheiros na nuca e o circo pegou fogo. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas eis que o dia raiou. E veio acompanhado das responsabilidades pelo ato impensado de dois adultos, respectivamente comprometidos,casados e com filhos.E agora, Eriberto?

Ser fiel significa agir com caráter,carinho,cuidado. Além de tudo isso não esquecer do compromisso. Comprometer-se é renunciar a algo menor em razão da causa maior que é o relacionamento. Por isso amigos, antes de pisar na bola devemos refletir e pensar seriamente se vale mesmo trocar o certo, amor e carinho por incertezas. O homem é respeitado pelo que faz, pelo seu exemplo na construção de uma sociedade de atitudes e convicção. Um grande homem é àquele que tem pequenas atitudes de grande relevância e não que pode muito,tem poder. (RT)
 
**

Trair é coçar é só começar? Coço-me porque sou alérgica, porque um mosquito me picou, porque passei perto de uma árvore ou porque a areia me pinicou. Mas por que trair? Sem associação a picadas de cupidos, por favor, essas são próprias dos apaixonados e se apaixonar está longe de ser um erro.

Dizem que mulheres e homens traem por motivos diferentes. Será mesmo? Antes poderia julgar que sim. Enquanto eles vão atrás da oportunidade, elas traem por vingança. Jura? A oportunidade de trair têm sido mais e mais cogitada por ambos os lados. Estejam num amor suporto verdadeiro, numa relação franca e boa, num casamento de anos e forte, o mosquitinho vem sempre a rondar e a consciência é escondida debaixo do chapéu e longe de estar entre as duas orelhas.
Mas por que alguns sucumbem e caem em tentação e outros não? Aí, arrisco sem medo de ser feliz que depende simplesmente do caráter. Sim, do caráter! Se a pessoa parte do pressuposto que está numa relação fiel, monogâmica (há escolhas e escolhas) e com pingos nos is desde o início, por que o desrespeito de trair o outro a quem jurou fidelidade? Podem falar que jurar é feio, mas então que cumpram promessas, ou não prometam.
Se você ainda é tentado a trair pense se não trai a si mesmo. Afinal, o que fará quando tudo parar de rodar nos minutos após a traição? (MP)

12 de agosto de 2011

Galatear é uma arte, ter ou não ter faz parte

Galantear é considerada uma atividade masculina. Talvez começassem assim as cartilhas para moços na década de 20. Hoje não há atividade que carregue informações sexistas que as postulem ou determinem como própria para do azul ou do vermelho.

Galantear é para os poucos que sabem fazer desse verbo um estilo de vida. Não entro aqui no mérito da responsabilidade em meio à ação, de se é traição ou não um galanteio, mas sim da postura de uma pessoa que faz do galanteio uma arma secreta de conquista. Voz, olhar, sorriso, todas ferramentas fortíssimas na hora de galantear. Juntas a sentimentos reais, são infalíveis para qualquer conquistador.

Há quem dê aula de galanteios. Há, pior ainda, quem assiste a essas aulas como uma luz no fim do túnel em se tratando de conquistas. Sou partidária do “ou nasce sabendo ou não tem mais jeito”. Algo como ou se tem cabelo ou não, simples assim. Não se aprende a ser galanteador, se é galanteador. Se você não faz parte desse grupo que em um só conversa ou num sorriso penetrante ganham de cara um coração, não se preocupe, talvez possa estar num bom caminho. 
Afinal, nem todos os galanteadores estão comprometidos, mesmo que queiram. Sinal de que há galanteadores pelo mundo, mas nem sempre há quem goste de ser galanteado pelo simples fato de o ser. (MP)

 **

Tempos atrás acordei pensando em um sonho estranho que acabara de ter. Sonhara que estava em um pub londrino e que me aproximava de uma beldade para perguntar-lhe o quê achava do lugar, do ambiente e da bebida. Começamos a conversar longamente sobre tudo. Cortejando-a, olho no olho, fomos nos conhecendo entre palavras e atos; Quando fui perceber já era muito tarde e ela não tinha como ir embora (ou disse-me que não). Claro, ofereci para levar-la e lá fomos nós.

Ao chegar a moça entrou e convidou-me para segui-la. Chegando na cozinha vi um vinho na geladeira e desse para a vontade não faltou um pulo. O clima esquentava mais, a conversa estava empolgante, aparentava gostar dela e tinha reciprocidade. Quando estávamos para lá de galanteados e fui beijá-la, acabou o sonho (Claro, claro!). Por mais que o beijo não tenha acontecido, ganhei uma boa reflexão daquela lei de Murphy.

Percebi que (mesmo nos sonhos) galantear é um exercício de paciência, sentimento, externar apreço, valorizar a mulher em todos os seus aspectos. Saber cortejar, ser cavalheiro é tarefa nº 1 de qualquer postulante ao cargo de amado. Aguçar na mulher os seus anseios, suas vontades, desejos e sonhos faz parte do perfil de um bom galanteador. Esse deve estar atento ao olhar, unhas, cabelos, elogiá-la sempre. Trocar olhares é sentir a alma da mulher. Toda mulher precisa sentir que é desejada, que está viva e que acima de tudo é amada em todos os sentidos. (RT)                                     



2 de agosto de 2011

Ex bom é ex vivo

     Ontem estava passando por uma loja e logo deparei com uma mulher. Quando ela virou-se não acreditei. Era minha ex-namorada com quem tive tantos momentos felizes, de crescimento, de amor, mas que hoje era um detalhe apenas do ponto de vista do amor que fora construído. 

    Perguntei a um amigo o quê ele entendia, sentia em relação a sua ex-namorada e ele foi categórico: meu amigo, qualquer ex-relacionamento traz à tona dificuldades que nos faz melhores, mais fortes e mais capazes de encararmos melhor as dificuldades de futuros relacionamentos. 

    Namorar é revelar, é confidenciar, é planejar, é amar uma pessoa com seus defeitos e virtudes. Quando acaba, a benevolência, a nossa boa vontade acabam junto e com ela a percepção dos defeitos de uma forma ampliada, valorizada. Nesse caso, devemos pensar: Poxa, tive uma grande oportunidade de relacionar-me, ter contato da intimidade dessa mulher - o que faz pra nós homens uma oportunidade de refletir que fomos bem escolhidos. Amar uma mulher é complexo, pois ela por mais defeitos que tenha, mostra a nós a arte de amar, de sonhar, de perceber nos pequenos detalhes da vida que esta nos ofertar a cada dia muitas possibilidades. Namorar tem gosto de domingo ao entardecer, de pipoca, de chocolate, de beijos intermináveis, palavras baixinhas ao pé do ouvido, cafuné. Quando acaba tudo isso, devemos guardar as boas lembranças e é tudo. 

                                                                                

                                                                                         **

   Já li por aí tantas vezes que ex bom é ex morto, que se ex fosse bom não seria ex e que eles todos devem morar em um outro planeta (dos ex terrestres?). Muito vi acontecer de ex virar amigo de verdade, da ex ser madrinha de casamento e até de reatarem namoros hoje mais maduros. Gosto dos meus ex, tenho amizade com boa parte deles e não os quero em outro planeta. Cada um que passou deixou um pouco de si, marcas ou experiências, sentimentos ou aprendizados para mim. Talvez fosse uma pessoa diferente se não os tivesse conhecido e, acreditem, estou muito feliz com quem sou hoje. 

    Crescer é dever. Pena que todos queiram evoluir sem dor, sem aprendizado, sem erros. Ex-namorados, ex-maridos, ex-esposas são todos cúmplices de nós mesmos, afinal, se não deu certo, algum erro nosso eles identificaram - e vice-versa. Conviveram conosco e viram nossos defeitos revelados numa convivência e, quem sabe, não aguentamos nosso reflexo aos olhos dos outros? 

     Quer melhor aprendizado e lição de autoconhecimento que um ex em nossas vidas? Não é preciso amar aquele com quem você terminou, mas admita que raros os casos que alguém passa por sua vida sem deixar marcas. Reconheça onde errou para aí sim acertar, que tal uma conversa com algum ex para saber onde pode melhorar (e vice e muitas versas, claro!) (MP)

19 de julho de 2011

Quando é hora de casar!

Casamento nos dias em que vivemos soa por vezes como um p-a-l-a-v-r-ã-o. Pergunto aos caras da minha idade se querem casar e a resposta é instantânea: querer todo homem quer, só falta às mulheres concordarem!
Entendo que o casamento é uma luta entre dois desconhecidos que não se conhecem. A minha geração não quer casar porque acha o mundo algo instantâneo, que precisa da liberdade a sós para sentir-se livres.
Outro dia conversando com um amigo de boteco, ele dizia: eu até queria casar, mas têm muita opção que eu fico com medo de ter de trocar de mulher! Casar é uma arte que deve ser bem encenada pelos atores principais nesse grande espetáculo que é a vida. Casamento é uma forma de unir dois seres para conjugação de interesses, crescimento pessoal e principalmente para que vivam a sua vida e busquem na unidade do matrimônio saídas para consolidarem uma união de paz e felicidades. (RT)



Tinha uma certeza na vida quando encontrei meu atual namorado pela primeira vez: não queria casar. Achava que era limitador à minha condição como indivíduo. Sete anos depois já estamos planejando nosso casamento para setembro. O que mudou? Conheci-me melhor diante do outro, por mais piegas que isso possa soar.
Por isso digo, não é o casamento que muda, mas nossa concepção diante dele. Sou partidária do conceito que nos conhecemos melhor na convivência, na relação com outros. Afinal, o que vive isolado ou bate no peito ser solteiro convicto pode muito bem estar escondido atrás do medo de se conhecer de verdade na vivência com o outro. 
Me conheci, me descobri, me amei e amei ainda mais a ideia de sim, passar a vida ao lado de alguém que me fez crescer, me fez melhor e quem sou hoje. Casar é para os fortes, os que não temem, os que apostam. Melhor tentar a limitar-se pelo medo.  (MP)

5 de julho de 2011

Idade X Mentalidade


Conheço homens de 30 com idade mental de 15 e outros de 20 com maturidade de 40. Assim como convivi com mulheres imaturas no auge da idade da loba. O que há? Especificidades, apenas isso. Cada ser é um humano ímpar. Se você duvida, atente-se ao espelho e diga se é igual àquele do mesmo sexo ao seu lado.
Namoros são bons ou ruins independente da idade, da criação, da personalidade, do tanto de cabelo na cabeça ou mesmo do dinheiro no banco. Eles simplesmente o são pelo esforço, afinidade, química ou física entre duas pessoas.
Assim como conheço casais com mulheres mais velhas ou homens idem que deram certo, conheço os que deram errado. Até porque, onde sei, idade não se mede por certidão de nascimento. Respeito, meus caros, respeito. Onde quer que seja, com quem quer que seja, e na idade que tiver. Isso sim modelará a relação para um êxito ou não. A idade, ah, dessa tirem o melhor proveito tenha 20, 30, 40, 50....(MP)

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No final de semana passado estávamos eu e um amigo de resenhas mulherescas, conversando sobre esse lance de ser papa-anjo. Sei que vão chamar-me de aproveitador e de outras coisitas más, mas o que discutíamos e entramos em um consenso foi que mulher nova é que nem bebida, no início é tudo de bom, mas com o tempo os efeitos podem ser d-e-v-a-s-t-a-d-o-r-e-s!
Elas vêm sedutoras, com olhar infantil, mas jeitão de mulher serpente, que nos enfeitiça, mas nos coloca em uma situação complicada. Relacionar-se com mulheres novas é uma situação a ser analisada em longuíssimo prazo. Elas desejam viver um conto de fadas que nós por vezes não podemos, por tamanha falta de sintonia, de sensibilidade. Sendo assim amigos papas, não podemos apenas entrar em um relacionamento sem cuidados. Devemos ser sábios e saber conduzir tudo,usando a nossa maturidade a nosso favor. Quem disse que seria fácil, afinal? - Viver é um exercício perigoso para àqueles que tem medo da vitória. (RT)

6 de junho de 2011

Voilá

Queridos e amados leitores, estamos de volta!
Dessa vez, com força e gás totais e novos companheiros de escrita! Vários nomes poderão passar por aqui, deixando as impressões masculinas sobre temas do nosso cotidiano. A começar, com vocês, Raphael Tavora:

Meu nome é Raphael Tavora Leite. Tenho 29 anos (no dia 3 de Julho serei trintão!!). 
Carioca, morando atualmente na cidade do sol que atende pelo nome de Fortaleza.Coração é terra que ninguém anda e terra que ninguém vê como dizia a nossa grande Cora Coralina. Nesse caso, o coração bate a mil por hora toda vez que viajo para uma certa cidade da serra da ibiapaba, mais precisamente Viçosa do Ceará (terra de um grande jurista, Clóvis Beviláqua,autor do projeto do código civil de 1916 e o grande militar que lutou na Guerra do Paraguai,General Antônio Tibúrcio).
*
Entendo que o amor é sinceridade acima de tudo.É querer passar para quem amamos, que amar não é só dizer Eu te amo, mô ,mas viver intensamente cada momento, planejar cada passo,ajudar a mulher a crescer.
Nesse caso procuro conquistar a mulher pelo sentimento,sendo gentil,amigo,generoso,descontraído e acima de tudo sempre vibrando,potencializando os sentimentos.

 *
Sou visto por quem me conhece pela minha forma espontânea,carismática,querendo aprender com os relacionamentos para não cometer erros passados e gostaria de ser visto como um homem de princípios,de retidão e acima de tudo respeito às mulheres, pois acredito que o exemplo dignifica o homem.
Em todo e qualquer relacionamento existem atritos,mas devemos sempre conversar para não cometer erros que o outro possa ter cometido.

*
Por mais que não gostemos, temos uma tendência a sermos desligados na relação. Com isso, dizem que somos de Marte pelo fato de nunca nos tocarmos do que passa na frente dos nossos narizes.
 *
Pra mim uma relação representa o alicerce onde vou construir os meus sonhos,erros,acertos,enfim ser eu plenamente porque precisamos de alguém que nos entenda e só faz isso quem sente o outro em sua plenitude.

13 de maio de 2011

PROCURA-SE



Atenção leitores,

Meu companheiro de escrita, alfinetadas - e discussões - Carlos Eduardo está impossibilitado de dar continuidade, por enquanto, às atividades do Blog. Para não deixá-los abandonados e para não me sentir abandonada sem a leitura de vocês, estou à procura de um novo parceiro para dividir o espaço do Dois em Xeque.
Se você é ou conhece alguém com o seguinte perfil, envie um e-mail para maypaz@gmail.com

  1. Homem
  2. Ser jornalista é diferencial
  3. Que não veja problema e goste de discutir a relação
  4. Interessado em falar sobre relacionamentos
  5. Que adore uma boa discussão!
Até lá!

12 de maio de 2011

Pausa para o café



Grão de Amor
Marisa Monte

Me deixe, sim
Mas só se for
Prá ir alí
E prá voltar
Me deixe, sim
Meu grão de amor
Mas nunca deixe
De me amar...

Agora
As noites são tão longas
No escuro eu penso
Em te encontrar
Me deixe só
Até a hora de voltar...

Me esqueça, sim
Prá não sofrer
Prá não chorar
Prá não sentir
Me esqueça, sim
Que eu quero ver
Você tentar
Sem conseguir...

A cama agora
Está tão fria
Ainda sinto o seu calor
Me esqueça, sim
Mas nunca esqueça
O meu amor...

É só você que vem
No meu cantar, meu bem
É só pensar que vem
Lararararará!...

Me cobre mil telefonemas
Depois, me cubra de paixão
Me pegue bem
Misture alma e coração...

Me deixe, sim
Mas só se for
Prá ir alí
E prá voltar
Me deixe, sim
Meu grão de amor
Mas nunca deixe
De me amar...

Agora
As noites são tão longas
No escuro eu penso
Em te encontrar
Me deixe só
Até a hora de voltar...

É só você que vem
No meu cantar, meu bem
É só pensar que vem
Lararararará!...

Me cobre mil telefonemas
Depois, me cubra de paixão
Me pegue bem
Misture alma e coração...

2 de maio de 2011

Abram seus olhos enquanto há tempo!




Novelas, filmes, romances, casamentos reais. Onde quer que a gente vá há bombardeio de contos de fadas regados a príncipes encantados em cavalos brancos com princesas de sorrisos brancos a la colgate. Crescemos sendo voyers de tudo isso com a vontade de ter um dia um homem perfeito em uma mansão cor de rosa e filhos obedientes e com QI acima da média. Só esqueceram de nos avisar que a realidade é algo muito, muito distante.

Acordar com um beijo de cinema todo dia deve ser uma maravilha, bem melhor que levantar com um bafo de dragão que assusta qualquer vilão de desenho animado. Assim como deve ser bom ser surpreendida todo dia com uma prova de amor em outdoors, flores no travesseiro e buquês de rosa. Sim, bem melhor do que passar uma hora no trânsito, ter que chegar em casa e fazer o jantar e ainda retirar a toalha molhada de cima da cama. É, deve ser melhor um sonho que nos contam desde berço à realidade de unhas e saltos quebrados, beijos negados e amores falidos. 

Mas o fato é que estamos acordadas. Quando nos beliscam (entre outras coisas) dói, quando nos apaixonamos nem sempre somos correspondidos com beijos e anéis e quando cantam pra gente nem sempre são poesias (às vezes o ápice são os funks com "osa" no final das rimas.)

Portanto, pesadelos à parte, ao invés de esperarem que o sapo vire príncipe, distanciem-se das ilusões romanceadas que nos envolvem, antes de aprofundarem-se em expectativas que só nos distanciam do verdadeiro amor. Sem contos, sem poesias, sem beijos eternos, mas a depender de nós, muito mais saborosos e divertidos.

28 de abril de 2011

Não sou feliz, mas tenho marido.



"Não sou feliz, mas tenho marido". Esse é o tema de uma famosa peça de teatro baseada num livro de mesmo nome. Mirabolante? Absurdo? Nada disso, simplesmente verdadeiro. Amargo é fato, mas verdadeiro. Quantas vezes já me peguei em conversas com amigas (e amigos) em que esmiuçavam uma relação falida, mas supostamente viva. Acreditam piamente na mentira que eles próprios criaram de que antes mal acompanhado do que só. E nem me dou ao trabalho de inserir um será ao final desse parágrafo, afinal o absurdo do masoquismo me impede disso.



As conversas giram em torno de amores inexistentes, mas conformados, de paixões iniciais que levam a desprezo, quando não ao desamor por si mesma. Mas por mais que estejam cientes dos erros, persistem, pois têm maridos ou esposas a desfilar ao seu lado. Qual o medo, afinal? um apontar de dedos para um suposto fracasso? Não seria uma derrota maior o desespero de estar muito mal acompanhada?

Estar só nunca significou estar solitário. Afinal, o status feliz nem sempre está ligado diretamente ao compromisso com outra pessoa. É ótimo estar junto, namorar, compartilhar, dividir, somar e outras contas mais, mas quando isso não resulta em uma conta positiva, por que insistir na matemática ao invés de apostar na felicidade da língua portuguesa? Diga um não e opte por estar só abrindo caminho para um verdadeiro amor do que numa soma que só resulta em negação.
E lembre-se que sem autovalorização é muito mais difícil encontrar quem o valorize por inteiro. Se nem você se dá ao valor de sair de uma falência e correr atrás de um sucesso, por que o outro vai colaborar com você? Fácil largar o osso não é, porém pior é ficar desdentada de tanto roer uma vida de sofrimentos.

22 de abril de 2011

A tampa do vaso



Pensei que fosse impressão. Jurei que fosse impressão. Clamei que fosse impressão. Mas não, não era. Os casais cada dia têm sim se ferido mais com gritos, ofensas, términos. Desgastam a si, ao outro e aos dois e com motivos são fúteis, inúteis em sua maioria.

A toalha molhada em cima da cama, a lâmpada queimada e esquecida, o carro com quilometragem além da devida, o atraso de cinco minutos para o encontro. Todos, no momento, considerados motivos suficientemente grandes para um término, mas que não passam de tampas de vasos levantadas. São apenas estopins após um tempo longo (a depender do protagonista) de levar com a barriga outros problemas maiores ou menores, mas não dialogados.
Ao longo da vida a dois, vários são os instantes em que acobertamos nossos sentimentos, dúvidas, anseios, por medo de uma reação. Vamos deixando, deixando, sendo relapsos com nossos próprios sentimentos e anseios. Quando menos percebemos (ou se percebemos ignoramos mais uma vez) lá vem a tampa do vaso para azucrinar a relação. Primeiro vem a ofensa, depois grito e por fim um término.
Tudo teria sido evitado se na primeira vez o diálogo tivesse substituído a negação. Agora talvez já seja tarde demais. (MP)

10 de abril de 2011

Pausa para o café





Janta Marcelo Camelo

Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitarCaberá ao nosso amor o eterno ou o não dáPode ser cruel a eternidadeEu ando em frente por sentir vontade
Eu quis te convencer, mas chega de insistirCaberá ao nosso amor o que há de virPode ser a eternidade máCaminho em frente pra sentir saudade

3 de abril de 2011

Dois em Xeque no Facebook

Adeptos do facebook, o Dois em Xeque já encontra-se por lá.
Basta, em aplicações (Phrases), clicar em "Pílula do dia seguinte". 
A cada clique, uma pílula sem dosagem para você!

http://apps.facebook.com/myphrases/index.php

16 de março de 2011

Eu te amo

Mil palavras poderiam somar-se a outras mil palavras na tentativa de serem notadas.
Tolas, não sabem que não é a quantidade, mas a qualidade que as faz se tornarem uma certeza.
Em outro canto, pequenas letras iniciam a jornada rumo ao desconhecido. Aventuram-se na incerteza do que formarão, mas dão um primeiro passo contrárias ao medo.
Usadas por muitos, formam desgravos, alegrias, sorrisos e lágrimas. Inocentes, continuam a persistir na tentativa de fazerem não somente uma, mas várias pessoas felizes ao serem ditas de forma doce, firme, pueril, esperançosa, enamorada, apaixonante.
Elas creem. Elas se unem. Elas aguardam e esperam. Elas tombam. Elas recomeçam. Elas desistem e persistem. Elas emudecem.
Um dia alguém resolve usá-las outra vez. Limpa a poeira deixada pela falta de uso contínuo e as encara com certo receio, com medo e um misto de coragem. Elas podem fazer doer, pensa. Mas elas podem me fazer melhor, reflite.
Rumo ao desconhecido ele caminha com as palavras dentro da mente, esperando a hora certa de usá-la de vez. Enquanto isso, elas esperam já calejadas, mas esperançosas. Não acreditam que haja um momento certo, pois qualquer instante é hora de se fazer feliz.
Após instantes de frio na barriga, ele olha para ela. Reflite sobre aquelas palavras guardadas em sua mente e resolve passá-las adiante. Depois do silêncio das vozes, ele tira da mente o peso da dúvida, do "se", do devaneio, do suposto silêncio como reação e as solta, por fim: Eu te amo.
Elas suspiram. Ele respira. Ela perde o fôlego. Eles - pensam - como são doces as palavras. Elas renascem e agora fazem parte da lembrança de dois amantes. Que venham os próximos corajosos e ansiosos por amar sem medo. As palavras? Ah, elas estarão sempre por aí. (MP)

3 de março de 2011

O amor pelo olhar o outro

Parada no parque, me deliciando às escondidas (fugia daquela balança de casa que me olha com olhos recriminadores) com um pote de sorvete de chocolate, notei outro dia um casal de idosos, no alto de seus 80 anos. Parados frente a frente em um café, sorriam e contemplavam-se como se houvessem se conhecido há pouco. Pareciam ignorar a aliança que os marcavam há anos e que poderia supor a ambos que não houvesse mais nada a ser descoberto um para o outro...
Continua...

19 de fevereiro de 2011

Shakespereando

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

William Shakespeare

15 de fevereiro de 2011

Para os facebookianos

Adeptos do facebook, o Dois em Xeque já encontra-se por lá.
Basta, em aplicações (Phrases), clicar em "Pílula do dia seguinte". 

http://apps.facebook.com/myphrases/index.php

Para rugas ou sorrisos, mas uma pílula por dia para provocar!

beijos

10 de fevereiro de 2011

Homem comentando sobre Duro de Matar 4.0 (ou qualquer outro filme, assunto e variáveis)

Conversando com você: Meu bem, vi um filme muito bom que você vai gostar, tem romance, aventura e até um pouquinho de drama, quer ver comigo? 
(aqui compreende-se que mentirinha é mais usado do que se imagina numa relação)

Homem conversando com um colega de trabalho (sem muita intimidade): Cara, o filme é muito massa. O cara vem e pá, bate o carro no helicóptero e pow, ele vira e pega fogo. Irado, irado!
(Onomatopeias para que te quero)

Homem conversando com amigo de infância: Veiiiiii, caracaaaaaa, o filme é sinistro, vei! Você tem que ver, veiiiii, é zueira, é zueira!
(No fundo, no fundo, falou nada)

Duro de aguentar, isso sim!

9 de fevereiro de 2011

PM em Bonecão do Posto

E se a questão não for por que o meu par prefeito não aparece, mas sim por que preciso tanto dele?

20 de janeiro de 2011

Ou está ou não está

Migalhas são para passarinhos, por que algumas pessoas insistem em considerá-las uma forma de alimento para uma relação? Ou está ou não está numa relação. Nada de copos meio cheios ou meio vazios! Já dirigiu com o corpo metade para fora do carro? Já depilou só metade da perna? Gosta de receber metade de atenção ou metade do salário? Pois bem...migalhas passarinhos aceitam, humanos não os sãos.

11 de janeiro de 2011

Pausa para o café: Bando

Bando

     Publicado na revista Los Dos 

Nós, homens, somos seres amaldiçoados: passamos metade da vida buscando a mulher ideal e a outra metade procurando desculpas para sair com os amigos, sem que ela fique brava com a gente.
Mulheres, não nos julguem mal. Há algo de infantil em nossa alma que nunca amadurece. Um sentimento de bando que começa ali no tanque de areia, com quatro ou cinco hominhos cavucando e jogando conversa fora, e jamais se perde. “Que que cê tá fazendo aí, castelo?”. “Não, vulcão. E você?”. “Um túnel”. “Ah, legal. Posso ajudar?”. “Chega aí. Cava desse lado que eu cavo desse, vamos ver se junta”. O futebol de terça à noite, a cerveja domingo à tarde, o boliche ou a pescaria nada mais são do que repetição da mesma cena: quatro ou cinco moleques, sem nenhuma mulher por perto, dedicando-se a alguma tarefa simples e inútil.
Entenda, cara leitora, que não é por machismo que queremos ficar entre os do mesmo gênero, algumas horas por semana. É que a presença feminina sempre nos inibe. Exige seriedade, responsabilidade, maturidade. Diante de uma mulher, não há como não assumirmos nossas inúmeras personas de filhos, maridos, alunos. Por mais a vontade que estejamos, uma parte de nosso ser sempre estará alerta, preocupada em não falar com a boca cheia, não botar mostarda no feijão, usar corretamente os pronomes e plurais. Por que é assim? Porque as mulheres são chatas? Nada disso, é porque não queremos fazer feio, queremos impressioná-las bem, escondendo o Homer Simpson que vive em cada um de nós.
Se você for pensar bem, todos os grandes feitos do homem foram desculpas que arrumaram para ficar com os amigos sem que suas mulheres brigassem. Veja as grandes navegações: você nunca achou estranho que os caras saíssem da Península Ibérica e dessem a volta na África atrás de especiarias? É que eles precisavam de uma ótima explicação para se meterem em barcos por meses, só com homens e tonéis de bebida, parando de porto em porto. Voltando carregados de canela, cravo, cardamomo, açafrão e companhia, a barra ficava um pouquinho menos suja, em casa.
Mais tarde, Cabral, Pero Vaz e sua turma disseram que iam pras Índias, mas cruzaram o Atlântico, chegaram ao Brasil e encontraram várias índias nuas,  “com as vergonhas mui saradinhas”, como escreveu Caminha  ao rei. O que fizeram nossos portugas, para não dar chabu, na volta? Carregaram seus barcos com troncos de uma árvore de onde se extraía boa tinta vermelha, para tecidos. Disseram, “olha só, querida, erramos o caminho, voltamos meses após o combinado, mas agora você pode, finalmente, tingir as cortinas da sala”.
Assista Apolo 13 e você vai ver que a ida a Lua foi basicamente a mesma coisa. Um bando de homens construindo um brinquedinho capaz de levar três deles até nosso satélite natural. Fazer o que, lá? Picas! Ficar sem tomar banho, batendo papo, urinando num saquinho (sem se preocupar em levantar ou abaixar a tampa), comendo só comida industrializada, depois pousar, descer, coletar umas pedras, entrar na nave e voltar pra Terra. É o tanquinho de areia, elevado à milésima potência. E quando a nave falha e a brincadeira ameaça dar em tragédia, qual é a primeira cena que o filme mostra? A esposa de um deles, puta, ligando pra NASA: “que que tá acontecendo?!”. O cara lá da agência espacial, espécie de líder do tanquinho, diz pra mulher ficar calma, eles vão dar um jeito naquilo. Então convoca todos os cientistas e, por dias a fio, trabalham sem descanso. Claro. O que estava em jogo ali não era só a vida de três seres humanos, mas a palavra de todos os homens da Terra, quando dizemos que não é para elas se preocuparem ao sairmos, que vamos logo ali, encontrar uns amigos, fazer sei lá que coisa simples e inútil, mas voltamos antes do jantar – com um potinho de canela, suco de pau Brasil, uns peixes da pescaria ou uma pedra da lua.
Não era de se admirar que, com tanto em jogo, os astronautas chegassem vivos.

Será?

"O rico e o pobre são duas pessoas. O soldado protege os dois. O operário trabalha pelos três. O cidadão paga pelos quatro. O vagabundo come pelos cinco. O advogado rouba os seis. O juiz condena os sete. O médico mata os oito. O coveiro enterra os nove. O diabo leva os dez. E a mulher engana os onze." (Nelson Rodrigues)

9 de janeiro de 2011

Um segundo que antecede o beijo

Um segundo que antecede um beijo é um segundo que antecede a vida, suas mudanças, seus suspiro, seus sorrisos. Naquele instante, não sabemos o rumo que levaremos, mas como loucos, nos deixamos levar por um simples beijo. O que vem dali ninguém pode prever. Mas quem deixa de arriscar-se por conta disso? 

O mesmo em relação a nossos sonhos, desejos, romantismo, entrega. Muitas vezes tememos dar um passo, uma resposta, fazer uma pergunta pelo simples medo do que virá depois. Nessas horas, lhes digo, se entreguem como num beijo. O que virá será sem dúvida muito melhor do que a inércia de nunca ter tentado. Bisous! (MP)

7 de janeiro de 2011

Por quoi?

Um dia esses corações se igualam, para baixo ou para cima...

3 de janeiro de 2011

Atenção

Queridos amigos e leitores,


Pedimos desculpas pela ausência, mas passamos por delicados problemas pessoais. De volta, retomamos não apenas o blog, mas inauguramos o twitter do Dois em Xeque. Isso aí, o amor em todas as redes!
Fiquem à vontade para seguir, não seguir, chutar o baldinho ou tomar um café com uma prosa de no máximo 140 caracteres conosco:

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