26 de agosto de 2011

Pra dizer adeus, pra dizer jamais.

O adeus é mais sofrido quando ficamos do que quando partimos. Não, não dói da mesma forma para os dois lados. Quem vai leva a saudade, mas a esperança de preenchê-la com descobertas e experiências novas e, quem sabe, novas pessoas. Quem fica assume não apenas a dor do adeus, mas a rotina de sempre, agora sem aquele que foi. O sofá é tão grande, o sorriso tão comedido agora, a música antes linda agora é uma melodia triste e solitária.

Mas, mesmo em intensidades supostamente diferentes, o adeus é uma dor de amor que não se cura jamais. Mesmo que o outro volte, mesmo que você mude ou o outro se mude completamente, mesmo que os anos passem e vocês retomem a vida como estava, aquele buraco no peito, lá atrás, vai continuar aberto. Simplesmente porque o sentimento não é curado. Ele é domado, melhorado, piorado, mas jamais superado de todo.

Pra dizer adeus, pra dizer jamais é preciso pulso firme e olhar fixo para o futuro. Pena que não nos orientaram a avisar isso para o coração que teima em correr do lado contrário da razão.(MP)


Caminhando pelo calçadão da orla sentei-me tranquilão para refazer-me da caminha diária e pedi um coco. Sentou ao meu lado uma loira que logo fiquei sabendo ser gaúcha e colorada (Interligente!). Começamos a conversar e ela disse que estava na cidade para estudar, com possibilidades de estabelecer-se. Conversa vai, conversa vem, trocamos telefones e combinamos de sair à noite. Ao chegar deparo-me com um furacão chamado Milena.

Durante o jantar trocamos olhares, confidências e fomos ficando cada vez mais apaixonados. Era inevitável. Começamos a nos falar diariamente e, acreditem, até carta escrevi. O clima foi de tórrida paixão, meus amigos, porque se relacionar é doar a alma mesmo. Passados seis meses de namoro, ela recebe a triste notícia de que irá ter de retorna a sua cidade para resolver problemas familiares. Aquilo me abateu de frente.

A data de sua partida seria dali uns 20 dias e a partir dali eu resolvemos que íamos viver intensamente enquanto durasse.Viajamos, vimos o pôr do sol, o nascer, a lua cheia, até que o dia fatídico chegou. Muito choro, despedidas (sou fraco mesmo nisso e prefiro ir embora sem despedir-me muito), mas era a hora. Depois daquele adeus mantenho comigo a saudade e a certeza de que viver cada momento a dois é descobrir que o amor é feito de cada momento, de descobertas, erros e acertos, até o dia do adeus. (RT)

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