8 de agosto de 2010

Estúpido cupido

Aline, Fernanda, Luciana, Ana Paula, Fátima, Suzana e muitas outras. A violência contra a mulher não seleciona nome, idade, religião, classe social ou localidade, pois é uma peste que se perpetuou no caminhar dos séculos e, ainda hoje, insiste em colocar as “manguinhas de fora” pra cravar uma desigualdade de poderes entre homens e mulheres. É um comportamento antiquado, ultrapassado e démodé –concordam? A violência nunca fará par com o amor, pois são antagônicos e repelem-se.

Há, também, a violência silenciosa, sorrateira e que não mostra a “cara” ou será que infidelidade e mentiras, por exemplo, também não são um tipo de violência? Elas são, sim – e encaixam-se no conceito de violência psicológica. E vou além, caro leitor: elas marcam muito mais do que socos, bofetões e pontapés, pois nos machucam na alma, ou seja, naquilo que temos de mais íntimo – e, nesse caso, não importa o gênero, homem ou mulher. Um xingamento pode ter o mesmo poder destruidor que uma pedrada ou uma flecha envenenada.

A violência, portanto, tem diversos lados, jeitos e trejeitos, mas nenhum deles é bem- vindo ao relacionamento, pois, definitivamente, isso não é sinal de amor – é uma doença social, em especial, quando imiscuída ao álcool, às drogas ou aos ciúmes. A violência combina com os primórdios da humanidade, mas não com o tempo atual, já que homens e mulheres são iguais em muita coisa. Uma pessoa que ama seu parceiro (a) não agride sua amada – nem mesmo com uma rosa!



**

Covarde com necessidade de julgar-se menos irrelevante ao mundo com um ato de brutalidade e idiotice. Ah, achou muito forte? Magoei o menininho da mamãe? Pois o que diria dos bofetões, tapas, murros e pressões psicológicas, sexuais e morais que uma mulher sofre dentro de seu lar, nas ruas ou em ambientes de trabalho sucessivas vezes ao longo de sua vida?

Estúpidos homens que acreditam que por terem mais força física são mais aptos a terem poder em cima de alguém. Confundem poder com força e somam-se a outros tantos tolos que acham que podem subjugar uma mulher e se sentirem maiores por isso. Pequenos de tamanho, minúsculos em cérebro e ausentes de completo caráter e nem vou citar outros tamanhos, pois o que denota é um complexo de inferioridade que a prisão pode muito bem explicar.

Levante a mão para uma mulher e terá um dia a menos de honra, respeito e inteligência em sua vida. Seja ignorante o suficiente para cometer essa violência e se iguale àqueles que hoje têm como única mulher uma vaga imagem de tempos fora do xadrez.

Esmurrem paredes, quebrem suas mãos, sofram com a dor e se nada disso for suficiente para impedi-lo de cometer o desatino de pressionar uma mulher física ou psicologicamente, isole-se do mundo, você não será uma falta para ele.

Nenhum comentário: