30 de agosto de 2009

Um basta

Um rabo de saia, uma tentação e puf! Caem alguns homens na vala comum dos traidores. Será que creem que não podem desperdiçar a oportunidade ou será pelo fato de que terão assunto para a próxima mesa de bar com os machos amigos? ou seria isso tudo pela simples falta de caráter? O certo é se a relação anda ruim, eles não pensam duas vezes na hora de pular a cerca, ao invés de conversar ou terminar honestamente, preferem a traição.


Um passarinho me falou que homens só terminam um namoro ou casamento, por pior que esteja, se tiverem outra já em suas vidas. Seria a coragem vinda apenas da segurança de ter outra, de não estar só, de não sair por baixo da relação? Honestidade manda lembrança e leva alguns homens a se rebaixarem à generalização que os acomete: que todos são iguais, traem e mentem. Se você é dos que acham que um homem tem direito a procurar outra, estando comprometido, não adianta continuar a ler estas linhas, pois seu vocabulário não deve ir além do Uga-buga.


Sejam sensatos, honestos, conversem, dialoguem. A relação tem todo o direito de estar ruim, somos seres suscetíveis a defeitos. Se não dá mais, e está insustentável, essa é a hora de você ser coerente com seu status (sou homem!) e terminar a relação. Deixem-se livres para encontrar os verdadeiros pares, ao invés de continuarem numa mentira morna para ambos. Animais irracionais agem por instinto. A maioria dos animais age por instinto. O que se conclui daí é com você, caro leitor. (MP)

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O relacionamento amoroso nada mais é do que um autêntico negócio, mais ou menos como vender carros, sandálias, jóias, artigos para o lar, frutas, e assim por diante. O investimento amoroso deve (imperativo!) gerar retorno, caso contrário, “baixamos as portas” e caçamos um novo meio de garantir a nossa sobrevivência. Os contratos, inclusive amorosos – e casamento também é um legítimo contrato –, estão sujeitos a rescisões e aos rompimentos. A questão é como e porque isso acontece.


Os homens são mais práticos nessa coisa de avaliar retornos. Veja comigo, caro leitor. O relacionamento está gerando receitas, quer dizer, satisfação, felicidade e respeito? O lema masculino é prosperar, embora muitos homens ainda entendam que isso seja sinônimo de quantidade, ao invés de qualidade, criando, invariavelmente, desavenças. O nosso pecado é “iniciar” um novo negócio sem encerrar o antigo. O amor não aceita matriz e filial, muito menos concorrência, ou melhor, esposas ou namoradas e amantes.


O nosso interesse é a felicidade, no entanto, se não a encontramos na atual companheira, vamos, sim, atrás de novas alternativas, ainda que muitas vezes as mulheres não nos entendam. O paradoxo é que nem sempre os novos caminhos estão visíveis e acessíveis; nesse caso, insistimos na atual parceira, mesmo que o relacionamento esteja “gelado” e sem graça. E, mulheres, não digam, por favor, que nós homens somos “interesseiros”, pois vocês também têm os interesses de vocês. É isso. (CE)

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