1 de junho de 2010

Muda-se o tempo...

O texto é um desabado de séculos de repressão da sociedade sobre as mulheres. Provaram que poderiam ir a espaços além do fogão e da pia de lavar roupas e muito mais adiante que a barra da calça do marido. Abriram os olhos para seu próprio valor (e que valor!) e hoje partem ao lado e muitas vezes à frente dos que a subjugavam e mostram que podem ser muito melhor do que eles.

Um olé é preciso frente aqueles que ignoravam as potencialidade femininas, submetendo-as dentro de casa ou nos trabalhos e jogando farpas de grosserias e machismo em suas faces como se isso fosse um sinônimo de poder. Moleques, simplesmente, que se julgavam homens e que impunham degradantes atos na tentativa de aumentar ali a sua suspeitíssima baixa virilidade.

Um misto de indignação e voz contra aqueles que ainda continuam a achar que por ser homem tenha mais valor, mais poder ou mais orgulho em seu mísero e vergonhoso corpo e cérebro que muitas vezes são colocados em prática apenas para inferiorizar mulheres ditas mais frágeis.

Silêncio. Indiferença àqueles sofríveis e simplórios meninos que imperam apenas em seus mundos de contas de fadas achando que poderão usar, usufrui, brincar, violentar e jogar fora as mulheres como um pedaço de brinquedo. A este, uma simples indiferença, pois nem meu grito terão como reação a seus baixos atos.(MP)



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A amabilidade do universo masculino nunca foi tão questionada como agora, e até concordo que gestos educados e simpáticos da nossa parte estão raros. Eu sei disso. O estranho é que uma “espiadela” mais acurada mostrará que não estamos sozinhos, pois as mulheres endurecidas e individualistas também nos acompanham nesse quesito. O problema é que nós homens extrapolamos, em muito, qualquer limite, pois gostamos de nos vangloriar de nossas “conquistas” – discrição zero.


O mínimo de gentileza acaricia o ego e não deixa ninguém descontente, seja homem, seja mulher. Eu não sou mais o tipo de homem que puxa a cadeira ou manda presentes, é verdade, mas garanto que não perdi o cavalheirismo, pois continuo educado e respeitoso como sempre. E não vejo isso como falta de decência ou um vácuo de sentimentos. O tempo muda, as pessoas mudam e os comportamentos também mudam. O importante é não perder de vista os valores, separando-os entre o “joio e o trigo”.

Os românticos e cavalheiros continuam corajosamente resistindo e sobrevivendo no mundo atual. Eu os admiro, mas não nego a realidade tortuosa. Um amigo disse que não tem coisa mais clichê, e óbvia, do que enviar flores ou chocolate, por exemplo – e o pior é que não está completamente errado! O sujeito ainda sentenciou: “minha namorada fica muito mais satisfeita com um chaveiro do que com um buquê”. O romantismo vai do gosto do “freguês” ou da “freguesa”. Vai entender! (CE)

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