28 de junho de 2009

Cupido eu sou

Cupido andava sempre com seu arco, pronto para disparar sobre o coração de homens e deuses. Teve um romance muito famoso com a princesa Psique, a deusa da alma”. Nunca andei por aí com arco, quem sabe o tenha substituído pelo papel e posteriormente pelo MSN, e também nunca tive romance com nenhum Psique, já paquerei alguns semi loucos, mas não a este ponto. Aqui, me assumo, no entanto, como uma cupida. Uma moderna cupida.

Já uni muitos casais. A maioria continua junto até hoje. Intuição, energia, chamem do que for, mas o certo é que geralmente acerto nas junções. Raro dois mais dois não darem quatro. Claro, às vezes o egoísmo impera e os dois geralmente viram quatro, ou três, mas daí já é desconstrução de caráter e nesse caso, não há energia que suporte.

Certo é que enquanto o amor existir e até que tenha amigos solteiros a fim de um relacionamento sério, estarei de cupido nesse mundo. Arco, MSN, cartas, telefone, seja a forma utilizada, que impere o amor e, se depender de mim, Cupido terá sua representante fiel. (MP)

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O empurrãozinho que une duas pessoas muitas vezes possui nome, sobrenome e endereço, mas a carreira angelical não é para qualquer um, pois aproximar casais, corações e sentimentos é muito mais do que apostar em coincidências ou coisas do tipo. O cupido é aquele sujeito capaz de radiografar, nos mínimos detalhes, os gestos, os esgares e as caretas que entregam, de antemão, quaisquer corações mais chamuscados. Haja competência, viu!

A minha admiração por aqueles que vestem a roupagem do cupido é imensa, mas essa não é, e nunca foi e nunca será, a minha vocação. O pior é que já encarnei, certa vez, o anticupido. Um amigo meu separou-se de uma ex-esposa por causa das nossas estrepolias pela vida, isso rende, até hoje, boas risadas. O débito dele comigo será eterno, pois o livrei de uma cruz – e a nossa amizade continua inabalável. O cupido que une também pode ser o mesmo que separa, caro leitor.

A vocação para o papel de cupido requer uma percepção apurada, muita destreza e um sexto sentido aguçado, principalmente, porque a concorrência dos cupidos eletrônicos ganha espaço: Internet, Orkut, MSN, coisas do gênero. O mundo vive a revolução dos costumes, inclusive no amor. O meu desejo, apesar disso, é que você, seu vizinho, sua prima, seus amigos, qualquer pessoa nesse mundo, seja alvejado, certeiramente, pela flecha da completa felicidade, independentemente do tipo de cupido. (CE)

Um comentário:

Juliana disse...

Meus cupidos durante toda minha vida amorosa sempre aconteceram em lugares imprevisíveis, em lugares que dificilmente encontra-se alguém que queira namorar ou levar um relacionamento a sério, mas como vcs mesmo disseram, nada importa como se conhece alguém, importa a felicidade que se adquire.
Bjos aos dois!!