2 de agosto de 2009

Você não vale nada, mas eu gosto de você


Ser bom é ótimo, sem bonzinho é péssimo. Uma coisa é você estar disponível, doar seu sentimento e tempo, ser parceiro, cuidar, dedicar-se, ouvir, se fazer presente e tudo isso com reciprocidade. Outra bem diferente é ser submisso, escravo de uma relação, fazer sem receber nada em trocar, saber de escapulidas e pior, achar que tudo isso é normal. Em que mundo isso seria normal? Pois no mundo das pessoas com caráter isso não é visto com bons.

As testas não foram feitas para serem suporte de coisas. Claro, suportamos óculos, chapéus, tiras, viseiras, mas nada muito pontudo além disso. Assim, não abra exceções para não se arrepender do peso que carregará depois. Se a pessoa não vale um tostão e você sabe disso, tenha certeza que seu valor deve ser o mesmo ou pior do que do seu parceiro. Já viu um bonzinho ser admirado, exemplificado, celebrado? Pois bem, seja um bom parceiro, mas não tente igualar-se aos bonzinhos que foram passados para traz por muito pouco ou muito poucas.

Submissão não cai bem nem na ficção. Abra o olho antes que a única coisa que lhe sobre seja a dor na testa e a repetitiva música a ecoar em sua cabeça – agora mais real do que nunca. (MP)


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Eu sou radical mesmo, conservador, cabeça-dura, as minhas idéias a respeito do comportamento dos inquilinos deste mundo são de outras épocas, ou melhor, ultrapassadas, antiquadas, arcaicas, ou como queiram rotular os mais “moderninhos” e os porta-vozes de um planeta mais liberal e igualitário – imagino até que deveria ter sido concebido muito antes de hoje. A minha vez de viver não era agora, invariavelmente!

A minha cabeça, dita fora de moda, não entende como mulheres apanham de maridos covardes, ou aceitam namorados com fichas extensas de casos extras, ou mesmo perdem tempo choramingando pela perda de uma pessoa que não vale nada. A vida pede respeito, atenção e companheirismo, isso é imperativo, obrigatoriamente, sem outra opção, qualquer coisa a menos é perda de tempo. As mulheres, nesse campo, ainda são a maioria dos desavergonhados omissos e, por isso, merecem uma chacoalhada.

Eu não vejo nenhum, nada, zero motivo, para uma pessoa sentir-se atraída por outra que, digamos, “não vale nada” – isso não entra na minha cabeça! O amor bandido é uma criação de uma meia dúzia de mal amados que não vêem o real sentido das coisas e que, na verdade, possuem um “dedo torto” para selecionar parceiros. Os encantos de um amor bandido não podem condená-los a viver perpetuamente fora da realidade, pois nesse caso quem vai ter que descobrir um outro planeta para viver sou eu! (CE)

Um comentário:

juliana disse...

A pior coisa que pode existir dentro de um relacionamento é a falta de reciprocidade, nem sempre somos correspondidos a altura que queremos ou merecemos, mas se o amor, o respeito e companheirismo existir, o tempo vai acomodando as demais diferenças.
Muito bom ler vcs.
Bjos aos dois!